RESUMO CRÍTICO: O FUTURO DO SETOR
Resumo
crítico elaborado pela acadêmica Loyane Karen Pavão, do Curso Superior de
Arquitetura e Urbanismo, tendo como tema “O futuro do setor” presente no livro
DESIGN DE INTERIORES Guia útil para estudantes e profissionais de Jenny Gibbs.
GIBBS, Jenny. DESIGN
DE INTERIORES Um guia útil para estudantes e profissionais. Londres,
2005. Tradução por Cláudia Ardións Espasandin. Editora G. Gili. 224 pág.
O
futuro do setor
Com
caminhos cada vez mais definidos e respeitados, o design de interiores vem para
promover o conforto, levando em consideração ergonomia, estilo de vida,
segurança, dentre outros quesitos para um ambiente interno, seja ele
residencial, comercial ou institucional.
Com
futuro promissor, este nicho de mercado tem sido, cada dia mais, valorizado e
requisitado, seja por conforto, ganho de produtividade ou aumento de vendas.
Com o decorrer dos anos, a exigência dos clientes aumentou, e agora a maioria
requer um projeto de alta qualidade. De acordo com Gibbs, tendo um papel
bastante importante no que diz respeito a sustentabilidade, o profissional deve
sempre estar atualizado nas novidades do setor, podendo, também, reciclar,
reabilitar e especificar materiais ecológicos. Para tanto é necessária uma
mudança de abordagem e postura diante do tema. É necessário o combate ao
desperdício, podendo aliar reciclagem à elegância e durabilidade a fim de
reduzir as emissões de carbono na atmosfera.
O
designer pode desafiar a mente das pessoas, colocando em xeque situações
emblemáticas e cotidianas.
A
globalização obriga que o projeto vá além da cultura local ou regional, faz com
que a pegada global abra uma grande competição de mercado, com grande
influência asiática embora maior parte da inovação ainda seja europeia e
estadunidense. As maiores economias no ramo se concentram na costa do Pacífico
e no Oriente médio, embora haja a difusão das escolas de design pelo globo.
As
economias atuais com capacidade para absorver como novidade o design de espaços
comerciais, de lazer, educação e exibição estão concentradas em países da costa
do Pacífico e, em menor medida, Oriente Médio. Os escritórios de design de
interiores estabelecidos nos Estados Unidos e na Europa provavelmente
continuarão a desenvolver sua carteira de clientes nessas áreas, embora suas
atividades possam diminuir conforme países com economias dinâmicas, como a
china, desenvolvam suas próprias escolas de design. (GIBBS, 2005, P. 206)
Com
tendência de crescimento, o ramo, promissor nos últimos dez anos, depende da
economia e do anseio por qualidade de vida, embora em alguns países ainda não
seja assegurado os direitos do trabalhador autônomo.
Cada
vez mais são requisitados espaços personalizados que atendam a exigências
específicas de um público onde cada indivíduo é único, embora em um mesmo
espaço onde sejam realizadas inúmeras funções combinadas. Para tal feito
comunicação e colaboração são triviais.
Assim
como demais ramos que lidam com arte, estilo e bem estar, o design de
interiores está em constante mudança, logo a demanda se torna constante e promissora,
assim como no ramo da moda, embora a busca pelo clássico também se mantenha
presente.
Os
avanços tecnológicos da área continuarão promissores, tanto no desenvolvimento
dos projetos quanto na execução, mas principalmente na integração
ambiente/usuário, nas linhas de automação, por exemplo. Porém, aliando linhas
simples e belos materiais, é possível criar um ponto focal em algo de valor
artístico ou emocional, sem perder a tradição por causa da inovação.
O
designer de interiores precisará estar sempre atualizado sobre essas tendências
e trabalhar com fornecedores e artesãos especializados para obter sucesso na
união entre a forma e a função. (GIBBS, 2005, p. 207)
Deve-se
fazer um planejamento de carreira, onde o primeiro passo é a escolha do tipo de
formação acadêmica a ser buscada, o segundo passo é identificar os pontos
fortes e fracos da escolha anterior, o terceiro passo é estabelecer uma rede de
contatos/experiência/pesquisa, o quarto passo é a identificação das
necessidades apresentadas pelo mercado no qual se pretende atuar (saúde/lazer),
o quinto passo é identificar a predileção quanto ao tipo de trabalho a ser
exercido, e por fim, no sexto passo, que exige o preparo de um portfolio e de
um currículo. É importante salientar que as áreas de trabalho podem variar
muito, podendo ser comercial (comércio, hotelaria, gastronomia, entretenimento,
escritórios, saúde, educação, exposição, eventos, cozinhas e banheiros,
empreendimentos imobiliários, iluminação), residencial, mobiliário
residencial/lojas de mobiliário, vendas/marketing, jornalismo/meio editorial,
ensino/pesquisa, consultoria ou ilustração (CAD, maquete eletrônica).
Um
dos agravantes da profissão é a questão jurídica, ainda pouco específica nesta
área.
Um
aspecto negativo será o aumento de litígios no exercício da profissão. Cada vez
mais, será importante que os designers de interiores contratem seguros para se
protegerem. Uma das vantagens da associação profissional é a assessoria
jurídica que o designer de interiores pode ter em casos de rompimento de
relação com o cliente. As associações profissionais têm muito a oferecer aos
designers do futuro, como serviços de assessoria, formação e capacitação
contínuas, e a oportunidade ímpar de estabelecer uma rede de contatos nacionais
e internacionais. (GIBBS, 2005, p. 209)
Em
relação a terminologia do setor, esta encontra-se pouco definida e seria
extremamente adequada a definição de
algo consistente para reconhecimento internacional.
Embora
haja reconhecimento internacional como uma profissão independente, ainda hoje,
em alguns países há uma confusão de atribuições com outra área.
No
Japão, por exemplo, há 36 mil coordenadores de interiores reconhecidos, 3.600
especialistas em estilo de vida e 1.800 em interiores, todos trabalhando como
decoradores de interiores no mercado residencial, porque os arquitetos possuem
maior status profissional e tendem a dominar os projetos de design. (GIBBS,
2005, p.210)
Segundo
a autora, a diferença entre decorador de interiores e designer de interiores é
que, o primeiro, decora as superfícies, com adição ou remoção de adornos, sem
alterações espaciais, já o segundo, além das funções do primeiro mas também
pela transformação espacial, contando sempre com a assessoria de um responsável
técnico, engenheiro ou arquiteto. Ambos costumam trabalhar em parceria com
arquitetos, embora o ramo do designer esteja se dividindo em dois grupos:
generalistas e especialistas.
Os
designers de interiores encaminham-se para uma divisão em duas grandes áreas: o
generalista e o especialista. Nos Estados Unidos, já ocorre essa situação. Os
especialistas deverão possuir um profundo conhecimento criativo, técnico e
prático, do que carecem atualmente. (GIBBS, 2005, p 210)
O
que fará um bom designer:
·
Flexibilidade;
·
Adaptabilidade à estilos e tendências;
·
Sensibilidade emocional;
·
Instinto sensorial;
·
Tendência ecológica;
·
Criatividade;
·
Agilidade;
·
Eficiência;
·
Equilíbrio.
Uma
residência será mais valorizada por sua atmosfera do que pela ostentação de
riqueza. Os serviços de análise de comportamento em uma área determinada também
passarão a fazer parte do cotidiano. A natureza e as mudanças das estações
passarão a definir mais os projetos de interiores, o uso e o layout dos espaços
serão cada vez mais flexíveis e avanços tecnológicos permitirão que o designer
disponha de um crescente leque de opções: uma lareira isenta de combustível ou
um espaço de trabalho independente e portátil, que poderá ser montado mais
rapidamente do que o tempo que um micro-ondas leva para descongelar um prato de
comida. (GIBBS, 2005, p.210)
Tornar
o ambiente humano sem deixar de lado a qualidade e a beleza definirá um bom
design.
A
autora trata no livro, detalhes de como executar um bom projeto de interiores,
e mais especificamente nesta parte, trás definições e competências do
profissional. É trivial que estudantes de arquitetura se informem acerca de
assuntos relacionados a design de interiores, pois se trata de uma área também
atribuída ao arquiteto.
Loyane
Karen Pavão, 31 de Julho de 2020.
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