O PAISAGISTA BURLE MARX

Resumo

Este trabalho sobre Burle Marx tem como objetivo ganhar e levar conhecimento sobre o seu trabalho na época do modernismo brasileiro, o quanto eles se fazem presentes nas cidades brasileiras. Os meios utilizados para oferecer este conhecimento foram leituras de periódicos em língua inglesa, interpretação pessoal dos jardins, conhecimento adquirido ao longo do curso e embasamento nas escolhas do autor do projeto. Desta forma, foi identificado uma parte da cultura paisagística moderna brasileira, pensamentos e analises de Roberto Burle Marx.

Palavras-chave: Burle Marx. Jardim. Paisagismo.

Kétlin Kamilla Santos Lima Conci¹

INTRODUÇÃO

Roberto Burle Marx foi arquiteto, botânico, pintor, escultor, jardineiro, nascido e criado por uma família da elite brasileira, por esse motivo as terras europeias era um local de fácil acesso a eles, Burle Marx estudou e se familiarizou com a Europa desde cedo.

Ao estudar lá e observar como as plantas eram cuidadas e cultivadas e usadas como elemento decorativo foi umas das inspirações a ele em usar a flora nativa indígena em seus jardins. Burle retornou ao Brasil com muitas experiencias e com vontade de elevar a arte modernista brasileira.

O presente trabalho trará de forma breve os trabalhos realizados pelo paisagista brasileiro, quais seus ideais e pensamentos.

UM PAISAGISTA COM CONCEITO DEFINIDO

Em 1932 realizou um dos seus primeiros trabalhos no Brasil, ficou responsável pelo jardim de Alfredo Schwarz em Copacabana, projeto arquitetônico de Lucio Costa, solucionado em elevações com formas geométricas.

Seu primeiro e grande desafio foi a reforma de parques e praças de Recife, no qual ele teve toda atenção em escolher plantas e árvores nativas que com seus tamanhos, formas e folhas tivesse uma harmonia entre si.

Burle foi muito criticado pela elite brasileira, uma vez que, eles buscavam referencias europeias e Roberto usava uma flora nativa, muitas vezes considerada até ervas daninhas. Sua intenção era justamente usar o que tinha de mais belo dentro do país, ter uma arte própria e exclusiva.

Entretanto, o paisagista ainda persistia em seu partido, Marx (Arquitetura Moderna Brasileira, p. 312 apud p. 184): “Para mim, o jardim deve possuir qualidades didáticas. A partir do jardim, pode-se distribuir muitos ensinamentos, estimulando o povo a viver melhor.”

Começou a mostrar em seu trabalho o uso de formas geométricas com curvas sinuosas, como foi o caso do telhado jardim do Ministério da Educação e Saúde do Rio de Janeiro (Figura 1 e 2) que muitas vezes deixavam um paradoxo em seu real desenho. Caminhos ou ondas? Relevo ou micróbio? O que é abstrato?

Figura 1 – Planta do telhado jardim

Fonte: Hamerman apud Silva, 2000, p. 185

Figura 2 – Vista aérea do telhado jardim

Fonte: Hamerman apud Silva, 2000, p. 183

Dentre muitas outras obras que Burle Marx participou com seus jardins, como Residência em Petrópolis, Parque Ibirapuera, Parque Burle Marx, Museu de Arte Moderna no RJ, Aterro do Flamengo, Eixo Monumental de Brasília, Parque Ipanema, Palácio do Itamaraty 

CONCLUSÃO

É notório que Burle Marx foi criticado por ter um estilo próprio que valorizasse o nativo, apesar disso ele seguiu fielmente a seu conceito, conseguiu a admiração de arquitetos renomados da época, produziu jardins de edifícios públicos com muita qualidade e exclusividade.

¹ Graduanda em Arquitetura e Urbanismo (IFRO), Técnica em Logística (SENAI). E-mail: ketliinlima@hotmail.com

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRASER, V. Cannibalizing Le Corbusier - The MES Gardens of Roberto Burle Marx. Virtual Book, 2000. Disponível em: <https://watermark.silverchair.com/991589.pdf?token=AQECAHi208BE49Ooan9kkhW_Ercy7Dm3ZL_9Cf3qfKAc485ysgAAAoowggKGBgkqhkiG9w0BBwagggJ3MIICcwIBADCCAmwGCSqGSIb3DQEHATAeBglghkgBZQMEAS4wEQQMU2JLsEXpkG33Tj3sAgEQgIICPdkG0duF_GHntpnKIHXR1EbbopW05sMjg70ZXtB_Ch3Cks3Em6ghpmL8LP6JQCcMthV1Do6z0cUxfNL1LiFqwvjBMLVBXp-XVxzredynFW3Wafz4wRyDu-igcA4E_RVMuXnlQQIH7yYXue8AqN4wWO8G3vhImxLSS3sbuy6eyz1FRfD9J9WhWQGl2e80j9Z1C6i0rdDlhUGLpSbsDTRnXgOYkyuaOSa2QjygZxh0b9RKxcyQMGpGDYZUL0OOWs2qMa90BLYeowPSesFrkbRVVnxBQf5680inkynne-YViGSZYdsZuEIWqOo0eZSfyuwJfFIXkDENOX99fKO6BUp5jPZhGqQAks7zZrTtVE5O4aPLLCHVO4uiDwMdV3JCwaS4SAi73_YbBzZ-SR0cZOBBhV25zCmducJimzkQT59vh8_QnMbIWlTnQ5NNVNqxMIZxvbqBlCmzb8PcpfguhTvmndW0LTazK89g3qFs7r2YOMt_scSlXlvLTkJaOVjjB_tq-lkEfKdD3Uui_KPNrF-7AtTVElLxP-2wPaMvYBRMPfeCtsA2ro2oGOKAyQfnwa65QzIz4MmySlOwghQhSS08wylRSQDu2Vi4vAQFVZZJrmaIjaSWND7dsW86tJNnfsOUHHPc81ffY45AcLr6IUvalFw6QWbAfYJH8D0frMEX5HcF9W3kRxN46Dow3r_dqMr9zO-h5swiRlVcoGiHC4HThqrl0ZYBk5mfBUoPztAGqwSU7d6KkJzhYO5A0JXWVA>. Acesso em 28 jul. 2020